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Projeto Lembr.Ar

Homenagem viva às centenas de milhares de pessoas mortas pela Covid

 

O Que

Os interseres do Via Zen têm se dedicado a pensar a vida como ela é, o sofrimento, os meios de mitigar o sofrimento, as maneiras de realizar aqui e agora os ensinamentos do Darma seguindo os votos do bodisatva e, de modo especial, a pensar as reparações devidas ao meio-ambiente. Em suma, pensamos retornar à natureza de Buda, da qual nunca nos afastamos. Uma das acepções do verbo pensar é curar. Cuidar as feridas.

 

Por que

Nesta pandemia, da qual nos tornamos o epicentro, milhões de pessoas, além das privações que lhes vem sendo impostas, sofreram a dor da perda. Na maioria das vezes lhes foi negada a chance de se despedir de seus entes queridos. Como mitigar essa dor? Como fazer esse luto, principalmente quando continuam outros lutos e dores tão cruentos quanto a incineração de seres sencientes, vegetais e animais, na Amazônia, no Pantanal e em outros biomas?

O Zen nos ensina – podemos plantar árvores à beira das trilhas do Caminho Óctuplo. Essa beira de trilha não é um lugar específico; é onde estamos. Essas árvores não são apenas seres que brotam do chão; são nossas irmãs, nossos pais, nossos filhos e amigos queridos.

 

Quem

Tem direito a essa memória viva toda pessoa que desejar lembrar e homenagear seus mortos.

Como

A pessoa interessada escolhe uma modalidade de plantação de árvore em homenagem à pessoa morta, entre as modalidades apresentadas pelo Via Zen. Por exemplo, a árvore pode ser plantada num bosque de memória implantado na Montanha Grande Buda, num ambiente urbano específico, numa beira de estrada, numa calçada ou outro lugar qualquer onde haja condições claras de cuidá-la inicialmente.  A árvore plantada deve ser identificada com targeta registrada em planilha eletrônica com nome da espécie, nome da pessoa homenageada com data e lugar de nascimento e morte e dados opcionais, como local onde se encontram os restos mortais, etc. No registro constarão também o local e a data de plantio, com uma fotografia e/ou vídeo da ação, arquivada após envio de cópia à pessoa que presta a homenagem.

Onde

O plantio, em princípio, pode ser feito em qualquer lugar do planeta, desde que haja intenção e possibilidade. Por exemplo, se quero homenagear meu avô nascido na Sicília com uma oliveira em seu berço natal, é possível e viável pela internet expandir uma rede de voluntários para que isso ocorra. Mas usaremos inicialmente o que a terra nos oferece de imediato, à frente de nossos olhos. Pode ser uma abertura na calçada, um lugar na praça perto de nossa casa, ou o melhor local para muitos: um lugar ao sol no Bosque da Memória da Montanha Grande Buda.

Quando

Hoje mesmo posso dar conta de pelo menos um plantio. Num projeto dessa natureza e em consolidação, tudo é feito na alegria do Darma, dentro de seu espaço-tempo. As pessoas de ambos os lados, dos que prestam homenagem e dos que prestam serviço, se inserem naturalmente nesse projeto, por se sentirem realizadas nele.

 

Detalhes

Tratando-se de um pré-projeto, há detalhes a serem resolvidos, mas relativamente poucos, considerando os custos mínimos e as condições ideais existentes na Montanha Grande Buda para cultivar mudas e plantá-las.

 

Efeitos colaterais

Este é um projeto a ser iniciado dentro de casa, oferecendo aos membros da Sanga que perderam entes queridos a oportunidade de homenageá-los. Ela será sem dúvida recebida com gratidão e braços abertos, não apenas pelos praticantes enlutados, mas por todos nós, irmãos e irmãs no Darma. Não haverá custos para quem servirmos, mas a generosidade implícita de cada pessoa envolvida garantirá à Montanha a continuidade de sua missão de honrar e proteger a vida.

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